terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

UFRN investiga mais seis casos

Uma comissão composta por funcionários da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) está investigando outros seis casos de possíveis fraudes no processo seletivo no vestibular 2011, envolvendo o benefício do argumento de inclusão. Na última sexta-feira, tornou-se público o caso do estudante Antônio Gomes da Silva Filho, que foi aprovado em primeiro lugar em medicina e primeiro lugar geral no Vestibular 2011 da UFRN, após utilizar o argumento de inclusão de forma indevida. A UFRN informou que enviará o processo para o Ministério Público Federal (MPF), além de estudar a possibilidade de cancelar a participação de candidatos que tenham concluído os estudos através do programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA).


Reitor Ivonildo do Rêgo: após fraudes, alunos do EJA podem ser exluídos Foto: Fábio Cortez/DN/D.A Press
A mesma situação ocorreu com o aluno do curso de ciências e tecnologias Pedro Hugo Alves Fontes, que tentou ingressar para o curso de medicina apresentando a documentação de aluno da rede pública. Apesar de utilizar o benefício do Argumento de Inclusão, PedroHugo não ficou entre os 100 classificados - número de vagas oferecidas para o curso pela UFRN. Os dois tiveram as inscrições no vestibular canceladas.

O reitor da UFRN, José Ivonildo do Rêgo, explicou que, após denúncia anônima, a Comperve iniciou um levantamento de todos os candidatos que participaram do processo seletivo utilizando certificado de conclusão através do EJA. A partir desse levantamento, uma comissão composta por membros da instituição descobriu a existência de mais seis casos, totalizando oito, até o momento. Quando questionado sobre a participação de candidatos que apresentem certificados através do EJA, o reitor informou que esse será um dos pontos de discussão na reunião do colegiado da instituição.

"Esse foi o primeiro ano que utilizamos o sistema do EJA no vestibular da UFRN, porém, a sensação que temos é que não devemos aceitar nos próximos anos. Apesar disso, estudaremos a exclusão ou não durante a elaboração do próximo edital do vestibular que está previsto para maio", esclareceu Ivonildo.

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