domingo, 20 de março de 2011

Em Santa Cruz a fé não costuma falhar para o time da casa

A terra de Santa Rita de Cassia vai servir de sede para a decisão do primeiro turno do Campeonato Estadual, com o Santa Cruz tendo a obrigação de vencer o ABC para se sagrar campeão. Os devotos e torcedores do Tricolor acreditam neste trunfo para comemorar o primeiro título da equipe na divisão de elite. Com bom católico, o lateral-esquerda Marciano não perdeu a oportunidade de visitar o local de adoração a Santa dos Impossíveis e, nas preces, pedir para que ela interceda e mostre aos jogadores do tricolor o caminho da vitória. Mas o atleta destaca que este é o tipo de confronto que não se ganha apenas com promessas, ressaltando que ele e seus companheiros também terão de mostrar muita atitude dentro de campo.

fotos:júnior santosMarciano, que também já atuou pelo ABC relembra que não costuma perder as decisões que disputaMarciano, que também já atuou pelo ABC relembra que não costuma perder as decisões que disputa
Aos 33 anos de idade, o jogador é o mais experiente do grupo, mas ainda demonstra claros sinais de vitalidade e diz querer colocar mais uma faixa de campeão. “Em minha passagem pelo ABC sempre conquistei os títulos que disputei, essa é a primeira vez que vou enfrentar o clube que me revelou numa situação tão especial e espero continuar dando a mesma sorte. Agora defendo as cores do Santa Cruz e vou fazer de tudo para que a taça de campeão permaneça na cidade”, disse.

Frente a um adversário tão poderoso e com um vasto poder de investimento, o jogador acredita que o maior pecado do Santa Cruz foi justamente a derrota na primeira partida realizada em Natal, onde o ABC inverteu a vantagem do empate, que pelo regulamento da competição pertencia ao tricolor, autor da melhor campanha na fase de classificação.

“Eles possuem uma equipe muito qualificada e vai ser difícil dobrar a equipe do ABC no Iberezão. Mas nosso grupo demonstrou estar preparado, vem realizando uma excelente campanha como mandante, onde temos um aproveitamento de 100%. Mas acredito também que ele também possuem um bom desempenho como visitante e que ainda não perderam. Sei que vai ser uma grande final e que nós temos condições de superar essa adversidade”, disse o lateral num misto de respeito ao adversário e confiança naquilo que sua equipe pode fazer dentro de campo.

Marciano acredita que o Santa Cruz não deverá modificar muito o seu estilo de jogo para vencer o confronto e manda um recado para quem pensa que a pressão no estádio vai pesar contra a equipe. “95% do nosso grupo já passou por ABC ou América, aqueles que não passaram já decidiram títulos por outras equipe. Então não há chance do grupo sentir o peso da responsabilidade. Quem quiser ser campeão vai ter de jogar muita bola e correr muito. Sabemos que do outro lado estará uma das equipes mais estruturadas do Nordeste, mas dentro de campo que resolve são os jogadores”, lembrou.

Mesmo em desvantagem ousadia tem limite no Santa

O último e decisivo passo na luta pela conquista do título do primeiro turno do Estadual, não será uma missão “kamikaze” para o Santa Cruz. O treinador Wassil Mendes avisa que a equipe vai apresentar um pouco mais de ousadia, uma vez que só a vitória interessa no confronto com o ABC, no entanto o comandante tricolor alerta que eles terão noventa minutos para tentar construir o resultado.

A tranquilidade que Wassil tenta passar para o grupo e que fala da situação faz sentido. De forma lógica o treinador sabe que a tarefa que já será difícil de ser contornada, pode complicar ainda mais caso o haja falha no sistema defensivo e o adversário faça um gol. “Sabemos das nossas condições e quem se lança para o ataque sem observar certos cuidados defensivos pode acabar castigado. O empate já uma vantagem muito grande para um adversário tão qualificado como o ABC e entre as nossas principais virtudes na partida deve estar a paciência”, destacou.

Mesmo dentro dessa filosofia, o técnico não descarta que vai guardar a escalação do time até momentos antes do jogo, para analisar qual será a melhor forma de entrar em campo. Ele não esconde que entre suas alternativas esteja uma formação mais ousada, com três atacantes. “Vamos estudar bem todas as hipóteses. Temos de adiantar a nossa linha de defesa que é para evitar a pressão do adversário e tentaremos repetir o esquema de marcação apresentado no Frasqueirão. Aqui no Iberezão não vamos sofrer a pressão que sofremos em Natal. Aquilo não irá se repetir”, ressaltou.

Quem é a santa

Santa Rita de Cássia ou Santa dos Impossíveis, como é geralmente conhecida a grande advogada dos aflitos, nasceu em Rocca Porena, perto de Cássia (Itália), em 22 de Maio de 1381, tendo por pais Antônio Mancini e Amada Ferri. O nascimento da Santa foi precedido por sinais maravilhosos e visões celestiais que fizeram seus pais perceberem algo da futura e providencial missão de Rita, que seria colocada no mundo para instrumento da misericórdia de Deus em favor da humanidade sofredora. Admitida noviça Rita começou a trabalhar para realizar seus desejos. Consagrou-se à oração e penitência, seu corpo foi seguidamente flagelado. Passava os dias a pão e água e noites sob vigília e oração. Certo dia pediu com extraordinário fervor que um estigma de Jesus aparecesse para sentir a dor da redenção. Em uma visão, Rita recebeu um espinho cravado em sua testa. A chaga ficou por toda a vida e ainda pode-se vê-la em sua cabeça conservada intacta com o resto do corpo.

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