domingo, 24 de julho de 2011

Estudantes poderão perder direito de meia-entrada na Copa de 2014

SÃO PAULO – A três anos do maior evento esportivo do mundo, a Copa do Mundo de 2014, ser sediado no Brasil, a sociedade já começa a se preocupar com preços de ingressos. Isso porque, como a Fifa (Federação Internacional de Futebol) é a responsável por determinar os valores e estabelecer as regras, os estudantes podem acabar sem o benefício da meia-entrada.

De acordo com o Ministério dos Esportes, quando o Brasil aceitou sediar o evento esportivo ele aceitou automaticamente que os preços dos jogos fossem determinados pela Federação.

Regras da Fifa

O benefício da meia-entrada, no entanto, está previsto por leis estaduais, municipais ou distritais, mas a Fifa não precisa necessariamente obedecer a essas regras. O assessor da secretaria do Futebol explica que a Copa do Mundo é como um evento privado e seus organizadores são os responsáveis por determinar o valor dos ingressos, sem ter que respeitar as leis específicas de meia-entrada.

A discussão ficou mais intensa após o conhecimento de que a Lei Geral da Copa, elaborada pelo Ministério do Esporte, foi encaminhada para análise da Casa Civil da Presidência. A Lei versa sobre o tema, pontuando que não é da alçada da União se posicionar quando a garantia da meia-entrada.

Vale lembrar que a Lei ainda está sendo analisada pelo executivo, o que significa que poderá ser amplamente modificada antes de ser encaminha para a análise do Congresso.

Como sempre acontece em eventos desse tipo, a Fifa negocia com os estados antes de determinar os preços. Logo, é possível que em alguns locais a meia-entrada seja garantida, assim como pode haver outros tipos de descontos, promoções e até gratuidade. No entanto, a palavra final será da Federação.

A UNE já se mobiliza

A UNE (União Nacional dos Estudantes) já avisou que pretende brigar pela meia-entrada. No seu entendimento, o direito dos estudantes deve ser respeitado, principalmente por conta dos altos custos dos ingressos.

De acordo com o assessor da UNE, o órgão já está se mobilizando no sentido de conversar com o governo para entender exatamente como são as regras e o que pode ser feito a respeito. A luta é para que o ministério faça valer os direitos dos estudantes. Uma sugestão, entre outras, é que o próprio governo arque com parte do custo.

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