quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

MEC antecipa divulgação de resultado do Enem

Brasília - O Ministério da Educação (MEC) antecipou a divulgação dos resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), previstos inicialmente para o início de janeiro. Os candidatos que participaram das provas aplicadas em outubro já podem consultar a pontuação no site do exame. Para acessar os resultados, o estudante precisa informar seu CPF e a senha cadastrada durante o período de inscrição. Caso o participante tenha perdido a senha é possível recuperá-la no sistema. O boletim apresenta o desempenho do candidato nas quatro provas objetivas (linguagens, matemática, ciências humanas e da natureza), além da nota de redação.

A metodologia utilizada na correção do Enem é a Teoria de Resposta ao Item (TRI), modelo estatístico que permite que diferentes edições da prova sejam comparáveis. Para o cálculo da nota, leva-se em conta não apenas o número de acertos do candidato, como nos vestibulares tradicionais, mas o nível de dificuldade de cada item. Uma questão que teve baixo índice de acertos é considerada "difícil" e, portanto, tem mais peso na pontuação final. Aquelas que têm alto índice de acertos são classificadas como "fáceis" e contam menos pontos na nota final. Dessa forma, dois participantes que acertaram o mesmo número de itens podem ter médias finais diferentes.

Na TRI não existe uma pontuação máxima e mínima que o candidato pode atingir - com exceção da redação, que não é corrigida por esse modelo e cuja nota varia de 0 a 1000. A partir do desempenho dos participantes, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) constrói uma escala de notas máximas e mínimas que permite ao aluno comparar seu desempenho com o dos demais estudantes. A escala será divulgada posteriormente pelo Inep.

ENSINO SUPERIOR

Quase todas as universidades federais vão utilizar as notas do Enem para selecionar os alunos que ocuparão as vagas oferecidas para o primeiro semestre de 2012. A adesão à prova cresce a cada ano, mas a forma como cada instituição aproveita o resultado do Enem varia. Enquanto algumas instituições optaram por extinguir o vestibular e utilizar o exame como única forma de seleção, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), outras reservam apenas parte das vagas para o Enem e mantêm seus processos seletivos próprios. A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), por exemplo, destina 5% das vagas para o exame, enquanto a de Viçosa (UFV) reserva 80% para o Enem e 20% para o seu processo de avaliação seriada.

Outro formato adotado é a substituição da primeira fase do vestibular pela prova do Enem, como faz a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desde o ano passado. "Um dos nossos objetivos [ao aderir ao Enem] era capilarizar o vestibular e isso de fato aconteceu. Tivemos candidatos de todas as partes do país e isso é muito bom em termos de mobilidade", avalia a pró-reitora de Graduação da instituição, Antônia Vitória Aranha.

Segundo ela, a universidade não descarta a possibilidade de, no futuro, substituir totalmente o processo seletivo. "Por enquanto, mantemos a segunda fase, mas entendemos que a tendência é que haja um processo unificado no país inteiro. Não diria que essa decisão será daqui a um ou dois anos. Mas o Enem é um avanço."

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